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1ª Jornada Inclusiva em Arapiraca – AL

Nos dias 30 e 31 de agosto a cidade de Arapiraca – AL sediou a 1ª Jornada Inclusiva e contou com a presença do prefeito Luciano Barbosa dando abertura à programação. Foram dois dias intensos, com oficinas gratuitas sobre audiodescrição, orientação e mobilidade, LIBRAS, tecnologias assistivas para a leitura, além das rodas de conversa com temas que abordavam a importância da leitura inclusiva, as desigualdades de oportunidade e acesso aos livros, culminando no debate acerca das potências da leitura para os públicos com deficiência visual e comunidade surda. O lema “Nada sobre nós sem nós” nunca se fez tão real quanto na realização desta Jornada. Lucas Bruno de Farias é cego, empresário de projetos de acessibilidade da Lebraille, gerente do setor braille da Casa da Cultura de Arapiraca e idealizador do evento. Para ele a realização da 1ª Jornada Inclusiva de Arapiraca foi algo extraordinário e realmente necessário. “Um evento onde aprendemos muito. Todos ficaram maravilhados com o que foi feito. Espero que venham outras oportunidades como esta”. A Jornada aconteceu no Senac Arapiraca possibilitando a participação dos jovens com idade entre 16 e 19 anos, das turmas de aprendizagem em serviços administrativos e em vendas. Para Carol Rivero, instrutora da área de gestão, é de suma importância fazer com que os alunos sejam inclusivos no mercado de trabalho: “Esse é um grande desafio para eles e para as empresas”. Reunir pessoas cegas, videntes, surdas, ouvintes e baixa-visão em prol de um debate tão importante que é tornar a sociedade inclusiva e acessível é uma luta que não se faz sozinho. Ewerton Correia é articulador, ator, diretor teatral e arte-educador na Fundação Dorina Nowill para Cegos. Ele compôs a programação do evento e levou provocações sobre o acesso à educação e utilização de recursos de acessibilidade, mas principalmente sobre a importância da acessibilidade atitudinal. Entre o público participante destacamos a presença da professora Maria Vicentina Oliveira, pioneira na educação de pessoas cegas e baixa visão da rede pública estadual de Alagoas e municipal de Campo Grande – AL e uma das maiores mobilizadoras da educação inclusiva na região. A nova geração de educadores também esteve presente. Maria Victória é discente no curso de psicologia e participou pela primeira vez de uma oficina formativa sobre inclusão de pessoas com deficiência visual. “Foi uma experiência muita rica e positiva! Em breve me formo e pretendo trabalhar na área de acessibilidade/inclusão. Participar do evento me fez querer estudar e aprender mais, foi uma vivência e partilha enriquecedora. Ewerton, foi muito assertivo em sua fala e didático. Também pude conhecer sobre a Fundação e a história da dona Dorina, que até então não conhecia. Fiquei emocionada com a grandeza do trabalho da Fundação, espero em breve conhecer pessoalmente”. Esta ação é parte do PRONAC 20, ‘Projeto Ler para Ser: Literatura com Cidadania’. Ao todo 21 cidades receberão oficinas formativas gratuitas. O projeto também prevê

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Biblioteca Maria Firmina dos Reis inaugura acervo acessível

Casinhas acolchoadas e uma grande árvore baobá esculpida em madeira, típica do continente africano, embaixo da qual, tradicionalmente, os mestres griôs sentam para contar histórias. Estes elementos se destacam na ambientação da Biblioteca Maria Firmina dos Reis, que fica em Cidade Tiradentes, na capital paulista, uma região marcada pela luta histórica por habitação – abriga o maior complexo de conjuntos da América Latina, beirando a 40 mil unidades – e é composta por uma população predominantemente negra e nordestina. Foi mantendo a decoração simbólica que, no dia 29 de junho, a biblioteca comemorou mais uma conquista para a comunidade, com a inauguração de um acervo acessível de livros em Braille e em fonte ampliada para pessoas com deficiência visual. O material foi doado pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, que enviou uma representante da Rede de Leitura Inclusiva e um de seus comunicadores ao evento. Parte do público beneficiado pelo acervo frequenta o Centro Especializado em Reabilitação (CER, II Guaianases) – que atende pessoas com deficiência visual e auditiva – e constituiu a maioria dos participantes da inauguração. Também foram eles os organizadores de um Sarau Acessível para a ocasião, que incluiu a leitura em Braille e a declamação de poemas, bem como apresentações de dança e música ao som da Escaleta de dona Iolanda, com modas típicas do folclore nordestino, como a clássica Asa Branca. Durante todo o espetáculo e mesmo no bate-papo que se seguiu, era palpável a alegria e o contentamento daquela gente com histórias tão adversas, de luta e superação. Histórias como a de José Nascimento, o Seu Zeca, que a todo instante vibrava e aplaudia os presentes com grande entusiasmo. Seu Zeca possui deficiência auditiva parcial e, no dia do evento, esqueceu de levar o aparelho auditivo, o que não o impediu de acompanhar as apresentações e falas dos outros convidados. Há 10 anos, ele migrou do nordeste para a capital paulista junto da irmã, que possui deficiência visual, em busca de melhores condições de vida. “A união faz a força!”, reafirmou durante sua fala no bate-papo, referindo-se à troca de conhecimentos entre os frequentadores do CER. “Quem sabe o Braille ajuda a ensinar quem ainda não sabe, e o mesmo vale para outras atividades, como o crochê e a música”, explica Seu Zeca. Para a coordenadora da Biblioteca, Charlene Lemos, o evento representa um passo fundamental para um espaço público de acesso à informação e à cultura. “Nosso objetivo é atender a todos os públicos. Sabemos que ainda existem desafios pela frente, mas, com a inauguração desse acervo, começamos a suprir uma importante demanda local”. Charlene cresceu nas imediações do espaço e relembra que, em 2017, recebeu pela primeira vez uma visita dos alunos do CER. “Iniciamos um programa de cultura quinzenal com o grupo, mas não tínhamos livros com acessibilidade. Foi então que entrei em contato com a Fundação Dorina e expus a

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Descrição da imagem: foto de um grupo de 20 pessoas sentadas em um semicírculo. À frente deles há uma mulher de pé e um telão com o logotipo da Fundação Dorina.
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Da escola à Biblioteca

Essa era uma rota percorrida diariamente por Eliana Hashimoto, 46, durante a infância. De Agatha Christie a Sherlock Holmes, devorava um livro policial atrás do outro. “Eram meus preferidos. Na época, livros também eram muito baratos e vendidos nas bancas de jornal. Eu comprava todos”, relembra ela. Natural da cidade de Cajati, Eliana dedicou-se à enfermagem até os 29 anos de idade, quando foi afastada da profissão devido a um diagnóstico de retinose pigmentar. Sua visão foi diminuindo aos poucos, até estacionar. Foi assim que ela passou a se enquadrar entre os cerca de 6 milhões de brasileiros com baixa visão. Mesmo aposentada, porém, Eliana seguiu mais ativa do que nunca, sempre envolvida em ações de militância pela inclusão da pessoa com alguma deficiência – incluindo a visual. Tampouco abandonou o contato com os livros. Ela conta que, de início, a leitura se tornou um problema. “Consigo identificar letras grandes, mas elas não são mais como antigamente, têm muitos detalhes e depois de algumas páginas fico bem cansada”, explica. A solução apareceu quando Eliana, por meio da Associação Beneficente São Lucas, descobriu o audiolivro ou livro falado, com um acervo que incluía títulos produzidos pela Fundação Dorina Nowill para Cegos. “De início, achei difícil me concentrar nas histórias apenas ouvindo, mas fui me acostumando e hoje escuto um depois do outro”, afirma. Foi por isso que, ao saber da oficina sobre leitura digital acessível que a Rede de Leitura Inclusiva da Fundação Dorina promoveria na cidade de Bragança Paulista, em 15 de junho, com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo, Eliana não deixou de comparecer. Chamou a atenção da leitora o predomínio de educadores presentes no evento, bem como a apresentação do programa de leitura acessível criado pela Fundação Dorina, o DDReader. “Acredito que a oficina foi destinada ao público certo. Além do debate sobre o acesso à leitura para todos, penso que o DDReader supre uma demanda de estudantes com deficiência visual, que precisam marcar e buscar trechos de textos longos, recursos que ainda não encontramos de forma tão acessível em programas tradicionais”, observa ela. Um dos educadores presentes à oficina foi a pedagoga Cecilia Jorge, 59, que atende alunos com deficiência visual na Associação São Lucas e foi quem convidou Eliana para o encontro. Cecilia, que também atua com outras deficiências na Rede Municipal, trabalha desde Orientação e Mobilidade com seus alunos, que visa a locomoção independente da pessoa com deficiência visual, até o ensino do sistema Braille e o estímulo de quem tem baixa visão. “É importante que o aluno com alguma parcela de visão aprenda como utilizá-la da melhor forma possível. No caso da leitura, geralmente começamos com letras maiores e, aos poucos, vamos reduzindo, de modo que a pessoa se adapte ao tamanho que realmente é ideal para ela”, explica a pedagoga. Cecilia recebeu um convite da Secretaria de Cultura para a oficina

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Descrição da imagem: foto de um grupo de pessoas sentadas em um semicírculo. À frente deles há uma mulher de pé.
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De um castelo medieval À Mogi-Mirim: Contador de histórias participa de oficiina sobre literatura acessível

História e arte povoam o cotidiano do pedagogo Almir Rogério Ferraz, 35. Ele é Coordenador Pedagógico na Escola Estação Municipal de Apoio ao Atendimento Integral à Criança (EMAIC), pela Rede Municipal de Pirassununga. A escola desenvolve atividades recreativas e lúdicas para alunos da Rede, como teatro, dança e contação de histórias. Um dos atrativos da Estação é o EMAIC-Castelinho, construção de 80 anos que imita um castelo medieval. É nesse ambiente que Ferraz também desempenha sua formação como ator. “Adoro a relação humana que a educação envolve e um bom exemplo disso é interpretar a leitura de uma história”, declara o pedagogo. Foi essa relação com os livros que levou Ferraz até a oficina sobre Leitura Digital Acessível, promovida pela Rede de Leitura da Fundação Dorina Nowill para Cegos, em parceria com a Secretaria de Educação de Mogi-Mirim, cidade localizada a 87 quilômetros de Pirassununga. O ator conta que, além de interagir pela primeira vez com um livro acessível por meio do programa de leitura da Fundação Dorina, o DDReader, pôde debater sobre o acesso à informação e à cultura com pessoas inseridas em realidades profissionais distintas. “O público predominante na oficina era de educadores, cada um com as próprias ideias, vivências e dúvidas, mas também tivemos a presença de um produtor cultural, que agregou muito para a conversa com o seu ponto de vista.”, explica Ferraz. O produtor cultural ao qual o pedagogo se refere é Lucas Silveira Delfino, 28. Natural de Pirassununga, aos 18 anos Delfino mudou-se para a capital paulista afim de cursar publicidade. Em paralelo, dedicava-se à sua paixão desde a infância: o teatro musical. “Eu fazia cursos livres e assim fui acumulando bagagem. Em 2009, a escola de teatro onde eu estava resolveu abrir uma produtora e foi assim que iniciei minha profissão atual”, relata ele. Delfino retornou à cidade natal, onde, além de atuar como produtor, dedica-se à contação de histórias para crianças, como Ferraz. Foi um convite do pedagogo, aliás, que também levou Delfino à oficina da Rede de Leitura Inclusiva. Mesmo adepto da interpretação oral na contação de histórias, o ator destacou a importância de outros formatos além do audiolivro. “Ouvir uma história não tem preço, mas uma criança ou adulto com deficiência visual tem o direito de ler um livro sem uma interferência externa. Também adorei o livro no formato tinta-braille, porque além de alfabetizar ele aproxima crianças videntes e cegas”, observa Delfino, e acrescenta: “Leis como a LBI são louváveis para a acessibilidade, mas sempre existiram pessoas diferentes umas das outras, então só lamento que a inclusão ainda não seja um processo natural”. Leitura inclusiva Seja você uma pessoa com deficiência visual adepta do livro digital, em Braille ou do audiolivro, confira o portal de leitura da Fundação Dorina, o Dorinateca. Além de contemplar pessoas com deficiência visual, o espaço também é voltado a escolas, bibliotecas e associações, possibilitando até

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Descrição de imagem: foto de duas mãos sobre uma página em braille.
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Histórias de inclusão se encontram na 45ª Feira do Livro de Santa Maria

Seja em um filme, nas poucas linhas de um blog, jornal, revista ou mesmo ao longo das páginas de um livro, encontramos recortes narrativos da vida de alguém, de um certo episódio ou evento histórico, visando o que há de mais importante a ser dito. No caso deste texto, por exemplo, poderíamos dizer que o encontro das histórias do pedagogo com deficiência visual total, Cristian Sehnem, 42, e da Fundação Dorina Nowill para Cegos começou na ação da Rede de Leitura Inclusiva realizada no dia 8 de maio, com o apoio do Grupo de Leitura Inclusiva RS/Centro, durante a 45ª Feira do Livro de Santa Maria. A verdade, porém, é que uma história passou a fazer parte da outra ainda em 2001, quando Sehnem começou a trabalhar na Biblioteca Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), cidade onde residia na época. “Eu era responsável pelo acervo acessível, grande parte fornecido pela Fundação Dorina. Foi quando passei a conhecer e me aprofundar na leitura inclusiva”, lembra o educador. Em 2015, já atuando no Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Sehnem participou de um seminário na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), durante o qual foi integrado a Rede de Leitura da Fundação Dorina e ajudou a articular o Grupo de Leitura na região de Santa Maria. “Desde então, fazemos pelo menos dois eventos de leitura inclusiva por ano aqui e, com ações como a realizada na Feira do Livro, a ideia é mostrar que a limitação não está nas pessoas com deficiências como a visual, mas, sim, no meio social”, explica o pedagogo. A ação na Feira incluiu uma série de atividades, como contação de histórias em formato acessível para crianças da Rede Municipal, uma exposição de equipamentos e materiais para acessibilidade (máquina Braille, lupa, sorobã, notebook com softwares para escrita e leitura, entre outros) e uma roda de conversa entre leitores com deficiência visual. Segundo uma das representantes da Rede de Leitura Inclusiva, Angelita Garcia, no ano anterior a ação foi realizada em um espaço paralelo ao da Feira. “Instiguei nossos parceiros em Santa Maria a investir em um passo além, para que pudéssemos falar da importância do acesso à leitura inclusiva no próprio evento e, este ano, eles conseguiram.”, diz Angelita. Escrevendo a própria história Não existem leitores sem escritores. Por sorte, existem pessoas como a também educadora Maria Esther Gomes de Souza, 45, que não deixa o mundo ficar sem boas histórias, incluindo a dela própria. Parceira do Grupo de Leitura na Secretaria Estadual de Educação, Maria é escritora e tem deficiência auditiva adquirida (surdez parcial). Em 1991, ela formou-se em Magistério de 1º a 5º ano e em Educação Especial em 1997. Desde então, trabalhou sempre com essa especialização na Rede Pública e em abrigo de menores. Também foi voluntária na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) por 20

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Descrição da imagem: foto de um homem manuseando um celular. Outro homem ao lado dele observa o aparelho.
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Os livros não incluem o mundo, quem inclui o mundo e os livros são as pessoas

Essa adaptação da famosa máxima do poeta Mário Quintana bem poderia ser de autoria da pedagoga Milena Bertoni Romera, 40, levando-se em conta o sentido que o termo “inclusão” possui para a educadora. Há 13 anos, Milena presta atendimento pedagógico especializado a crianças e adolescentes com deficiência visual associada ou não a outras deficiências, no Centro de Reabilitação Visual (CRV) de São José do Rio Preto, preparando os alunos para frequentar uma escola regular. “Existem escolas que acreditam que inclusão se resume a aprender a ler e a escrever, mas esquecem de estimular a autonomia e as relações interpessoais”, afirma a pedagoga. Milena já é parceira anual da Rede de Leitura da Fundação Dorina Nowill para Cegos e apoiou a oficina A Leitura Inclusiva e o Livro Digital Acessível Daisy, realizada na sede do CRV em 25 de maio. Ela acredita que programas como o DDReader, desenvolvido pela Fundação Dorina e apresentado na oficina, representam, justamente, o respeito à adversidade. “Ainda que o Braille seja indispensável para a alfabetização de crianças com deficiência visual, existe aquele público que perdeu a visão total ou parcialmente ao longo da vida e que precisa de formas alternativas de acesso à leitura. Além disso, comercialmente falando e também pensando no contexto universitário, o livro digital ou mesmo o audiolivro é mais viável do que o Braille”, explica. Adversidade também é uma palavra comum ao cotidiano da pedagoga Sirlei Maria Montes, 52. Ao contrário de Milena, porém, Sirlei é uma pessoa com deficiência visual total, em decorrência de um descolamento de retina, aos 14 anos de idade. Inspirada pela educadora Tânia Resende, resolveu dedicar a vida a ensinar pessoas em condição visual idêntica ou semelhante. Há 22 anos, ela atua tanto na rede estadual, prestando atendimento a crianças e jovens com deficiência visual em uma sala de recursos (atividade complementar ao ensino regular), quanto em âmbito acadêmico, lecionando pedagogia em duas faculdades. Enquanto educadora, Sirlei trabalha com múltiplas ferramentas para ajudar o aluno e desempenhar sua função com maior praticidade. Além do Braille, a pedagoga instrui os estudantes no uso do sorobã, um tipo de ábaco muito útil a pessoas com deficiência visual para cálculos matemáticos, e recorre ao computador tanto no caso de crianças ou jovens com baixa visão como para fazer anotações. Após interagir com o DDReader durante a oficina, Sirlei destaca que o programa é mais um agregador de possibilidades, já que contempla o público cego e com baixa visão simultaneamente. “Ser uma professora com deficiência visual é um desafio constante, porque o preconceito social ainda é grande e, a todo o instante, você tem que provar sua capacidade. Todo ser humano tem potencialidades e limitações e só precisa de um investimento nas suas competências.”, declara a educadora. Uma história real Além de contemplar a diversidade, as tecnologias também inspiram pessoas a apresentar novas ideias, inclusive em prol da leitura acessível, e

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Atividades sensoriais aproximam alunos com deficiência visual do universo literário

A literatura vai muito além das páginas de um livro. Ela afeta a mente e o espírito, estimula os sentidos e se molda a diferentes formatos e linguagens. Foi a partir dessa percepção que a equipe da Rede de Leitura Inclusiva da Fundação Dorina Nowill para Cegos, com o apoio do SENAC Tiradentes, SENAC ACLIMAÇÃO e Museu de Arte Sacra organizaram, no dia 27 de abril, um encontro com atividades sensoriais para alunos com deficiência visual do Colégio Vicentino Padre Chico. Promovido como parte da Semana SENAC de Leitura – uma ação desenvolvida em todas as unidades do SENAC do Estado de São Paulo e que, este ano, adotou como temática “Livros que viraram filmes” -, o encontro teve como foco o livro Capitães de Areia, publicado por Jorge Amado em 1939, e adaptado para o cinema pela neta, Cecília Amado, em 2011. Com essa proposta, a visita dos alunos começou com uma roda de conversa dedicada à obra de Amado. Em seguida, os estudantes foram conduzidos a uma sala com cerca de cinco metros quadrados, na qual um dos cenários do filme foi reconstruído para que os jovens com deficiência visual o explorassem com os demais sentidos. “Os alunos com algum resquício visual vendaram os olhos.”, explica a pedagoga e bibliotecária do SENAC Tiradentes, Adriana Rafael Pinto. Para a educadora, a parceria com a Fundação Dorina não é novidade, estando à frente de atividades anuais de inclusão entre as instituições desde 2015. “Eles cheiraram o perfume das rosas, tocaram composições de renda em alusão à saia típica das baianas e sentiram um chão de palha debaixo dos pés.”, conta Adriana. Para um dos estudantes do Colégio Vicentino Padre Chico, a experiência foi uma grande aventura. “A sala tinha tantos cheiros, sons e coisas pra tocar… Nunca tinha entrado em um lugar assim. Fui percebendo que tudo naquela sala fazia parte da história Capitães de Areia.”, relata. Além da visão A experiência dos alunos, porém, não terminou aí. Eles também visitaram o Museu de Arte Sacra, que abriga objetos religiosos de valor estético e histórico. Educador no museu há nove anos, Anderson Shimamoto foi um dos profissionais responsáveis por receber e guiar os estudantes durante o passeio. Como o acervo, que inclui pinturas, prataria e ornamentos diversos, não pode ser tocado em prol da preservação dos materiais, Shimamoto e os demais educadores descreveram as peças para os visitantes, além de situar cada uma historicamente. Não foi tudo, porém. “O museu possui maquetes e réplicas táteis de algumas peças e os alunos também puderam interagir com elas. Todos têm direito a uma experiência plena a partir das suas capacidades, é só uma questão de adaptar a proposta.”, declara Shimamoto.

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“Não sabia que existia uma lei me dando o direito de receber livros das editoras em formato acessível”

A frase é de Nayara Dionysio, 23, acerca do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que entrou em vigor no começo de 2016. Nayara tem baixa visão e soube que contava com esse direito durante a oficina A Leitura Inclusiva e o Livro Digital Acessível Daisy, promovida pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, no dia 18 de maio, na Secretaria de Educação de Araraquara. A jovem é estudante de psicologia e estagiária no Núcleo de Atendimento a Pessoas Especiais (NAPE), em Botucatu. Ela explica que, em seu campo de atuação, é necessário ler muito e, por quase não encontrar livros de psicologia em fonte ampliada, teve de forçar a vista durante o curso. “Nasci com toxoplasmose congênita e, clinicamente falando, tenho 15% de resíduo visual em cada olho, mas, por sorte, sempre estimulei bastante esse resíduo desde a infância”, conta Nayara. Durante a oficina, a estudante testou pelo celular o aplicativo de leitura criado pela Fundação Dorina para o formato Daisy, o DDReader, e apreciou os recursos de contraste da letra e ampliação da tela oferecidos pelo programa. Desta vez, a oficina contou com a parceria da Associação para o Apoio e a Integração do Deficiente Visual (Para-DV). Maria Helena, 61, é pedagoga e coordenadora administrativa da associação e atuou à frente dessa parceria, que, na verdade, representa só a página mais recente da história que a educadora tem com a Fundação Dorina. Tudo começou com seu filho Alex, que nasceu com deficiência visual total. Na época, Maria residia na capital paulista e, após o filho completar dois anos, passou a levá-lo à Fundação Dorina para que ele se desenvolvesse apesar da cegueira. Quando Alex completou quatro anos, porém, mudaram-se para Araraquara e enfrentaram todo o despreparo que ainda existia para a inclusão de uma pessoa com deficiência visual, do ambiente escolar a tantos outros. “Foi bem difícil, mas nos adaptamos e, em setembro de 1995, com o apoio de pais, amigos e profissionais dedicados à pessoa com deficiência visual, fundamos a Para-DV”, relata Maria. Hoje, Alex, que também esteve presente à oficina, tem 27 anos, é paratleta de natação – competindo, inclusive, no exterior – e professor de Educação Física na Para-DV. Enquanto pedagoga e mãe que acompanhou de perto a formação do filho com deficiência visual por meio dos recursos disponíveis na infância do garoto, Maria vê no DDReader um grande aliado no processo de alfabetização, complementando o que já é ensinado com o sistema Braille. “Com a possibilidade de inserção da leitura em voz humana junto ao texto acessível, fica mais fácil trabalhar os sons das letras com as crianças de um jeito interativo”, explica a educadora. Acesso à leitura Além do direito de solicitar livros em formato acessível às editoras, como prevê a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), as pessoas com deficiência visual podem contar com projetos como o Leitura Digital Acessível para o acesso à novos

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Formato de leitura acessível inspira professor de música

“O Braille ainda é um sistema de escrita e leitura tátil indispensável à alfabetização das crianças cegas, mas o livro digital representa um grande avanço às pessoas com deficiência visual”. É este o parecer da diretora da Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região (ADEVIRP), Marlene Cintra, acerca do programa de leitura acessível DDReader, desenvolvido e apresentado pela Fundação Dorina na oficina A Leitura Inclusiva e o Livro Digital Acessível Daisy, sediada pela própria ADEVIRP no dia 19 de abril. Cega desde o berço, Marlene nasceu em um sítio do município paulista de Pedregulho, em 1958. Quando a menina tinha nove anos de idade, os pais mudaram-se com ela e com as duas irmãs caçulas, também cegas, para a cidade de Franca, pois ouviram falar que lá as filhas poderiam aprender a ler e a escrever. Foi assim que Marlene se alfabetizou no sistema Braille e acabou se tornando educadora de crianças cegas. Ela conta que, em 1980, enquanto lecionava e cursava psicologia em Lorena, no Vale do Paraíba, frequentava esporadicamente a Fundação Dorina, inclusive para adquirir materiais pedagógicos, e se encontrava com a sua fundadora. “Sempre admirei a dona Dorina. Na época, eu era jovem e achava ela um pouco rígida, mas depois que fundei e assumi a ADEVIRP, em 1998, percebi que foi graças àquele pulso firme e àquela determinação que a Fundação chegou aonde chegou e eventos como essa oficina são um reflexo disso”, declara Marlene. As possibilidades da leitura digital também empolgam o professor da ADEVIRP Alexandre Mazzer, 33. Graduado em música pela Universidade de São Paulo (USP), Mazzer teve estimulada a vocação para os ritmos desde pequeno. Segundo ele, os pais adoravam música e seu passatempo era com instrumentos de brinquedo. “Quando tinha oito ou nove anos, frequentava a igreja com minha avó e gostava de ouvir o coral”, lembra o professor. Para Mazzer, ensinar música a pessoas com deficiência visual é uma constante troca de conhecimentos. “Ensino e aprendo com eles ao mesmo tempo. Acompanhar a evolução do aluno é algo que salário algum pode pagar”, afirma o docente. Além de elogiar o material de música do projeto Coleção Regionais, o professor observou o potencial lúdico do formato Daisy para suas aulas: “Gravo trechos das músicas para os alunos estudarem, mas o Daisy permite a criação de um material bem mais interativo, já que podemos combinar texto acessível com música em um mesmo ambiente”, explica Mazzzer. Além da oficina A você que é uma pessoa com deficiência visual ou instituição que promove o acesso gratuito desta à leitura – escola, biblioteca, associação etc – e não pôde acompanhar uma das oficinas do projeto Leitura Digital Acessível, temos uma boa notícia! Os 12 títulos do kit destinado a mil instituições do estado de São Paulo, todos no formato Daisy, estão disponíveis no portal de livros da Fundação Dorina, o Dorinateca. Então, se você

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Oficina de leitura inclusiva é recebida com entusiasmo em Campinas

Educadores, bibliotecários e pessoas com deficiência visual preencheram o auditório da Secretaria da Pessoa com Deficiência, no último dia 13 de abril, para compartilhar informações e aprendizados sobre leitura e acessibilidade. Promovida pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, a oficina “A Leitura Inclusiva e o Livro Digital Acessível Daisy” contou com uma sensibilização para a temática do acesso à leitura e com uma apresentação do programa desenvolvido pela Fundação Dorina para viabilizar a leitura acessível a pessoas com deficiência visual, o DDReader. “A maioria das pessoas não conhecia o programa, mas se entusiasmou com recursos que ele oferece, como a opção de ouvir o texto escrito gravado em voz humana, de marcar o ponto de leitura e da busca por palavras”, afirma Luiz Antonio Rodrigues, uma pessoa com deficiência visual e coordenador da Secretaria da Pessoa com Deficiência – que sediou a ação. Elizabeth Barboza Fontanini também foi uma das participantes da oficina. Professora de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Campinas e profissional do Centro de Produção de Materiais Adaptados (CEPROMAD), que adequa materiais escolares para alunos com diferentes deficiências, Fontanini afirma que está ansiosa para poder levar o conhecimento adquirido ao seu encontro mensal de professores. “Recebemos materiais acessíveis da Fundação no CEPROMAD em diferentes formatos, incluindo CD’s, e eles são ricos em detalhes, abordando temas como música, culinária e regionalismo brasileiro”, relembra. O projeto Livros acessíveis, como os citados por Elizabeth, fazem parte do kit do Projeto Leitura Digital Acessível. Cada kit possui 12 títulos, que, em breve, estarão disponíveis no portal Dorinateca, um serviço da Fundação Dorina voltado apenas a pessoas com deficiência visual e a instituições vinculadas a elas e à leitura – como bibliotecas e escolas. Se atende ao perfil e ainda não tem seu cadastro, não perca tempo e inscreva-se já!

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Oficina de leitura inclusiva promove troca de conhecimentos entre diferentes públicas em Presidente Prudente

No dia 4 de abril, o Centro Cultural Matarazzo recebeu a oficina “A Leitura Inclusiva e o Livro Digital Acessível Daisy”, na cidade de Presidente Prudente. O evento promovido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, com apoio da Secretaria de Cultura de Presidente Prudente foi aberto a alunos, educadores e representantes de órgãos e escolas municipais. Mantendo o objetivo de fomentar a discussão sobre o acesso a livros acessíveis, a oficina foi dividida em dois momentos. Inicialmente, representantes da Fundação Dorina conduziram uma roda de conversa acerca do tema e, posteriormente, apresentaram o formato de leitura digital acessível Daisy. Para a coordenadora da Biblioteca Municipal de Presidente Prudente, Sonia Aparecida Costa Vilela, o encontro trouxe muito aprendizado e novas perspectivas para a leitura acessível. “A vivência e a troca de experiências que acontece durante a oficina é muito importante para o nosso crescimento enquanto instituição e para o aprimoramento do nosso atendimento aos diferentes públicos”, afirma Sonia. Ampliando conhecimentos As representantes da Fundação Dorina Nowill para Cegos também visitaram a Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos. Durante o encontro, elas falaram sobre os serviços prestados pela Fundação Dorina, bem como pela Rede de Leitura, e conheceram a biblioteca e as demais dependências da Associação. Segundo a Assistente Social Camila Fernandes Goes, a visita representou uma grande realização. “A Associação é bem pequena e a maior parte do nosso acervo é de livros da Fundação Dorina”, conta ela. Vale lembrar que o projeto Leitura Digital Acessível contempla a distribuição de kits de leitura com 12 livros acessíveis, incluindo clássicos e best-sellers, literatura nacional e estrangeira. Outra boa notícia é que a biblioteca digital gratuita da Fundação Dorina, a Dorinateca, portal voltado apenas a pessoas com deficiência visual, incluirá, em breve, o material do kit em seu acervo! Caso tenha um cadastro no portal, portanto, acompanhe a seção Recentes. Já se for uma pessoa com deficiência visual e ainda não tiver seu cadastro, não perca tempo e inscreva-se pelo link!

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Oficina de leitura inclusiva chega a São José dos Campos

No dia 22 de março, foi a vez da cidade de São José dos Campos receber a oficina “A leitura inclusiva e o livro digital Daisy”. Alunos, educadores, terapeutas ocupacionais e psicólogos de órgãos e escolas municipais participaram do evento na Biblioteca Pública Cassiano Ricardo, que contou, no período da manhã,  com uma sensibilização sobre os desafios de acesso de pessoas com deficiência visual a livros acessíveis e, no período da tarde, com uma apresentação sobre o formato de leitura digital Daisy. Para a professora e representante da Biblioteca Cassiano Ricardo, Flavia Mara, participar da oficina permitiu a ela refletir sobre questões pertinentes à acessibilidade e sobre o seu papel como educadora. “Acredito que a oficina é de grande relevância, considerando a importância de momentos e espaços de reflexão acerca de temas tão atuais e necessários, como a leitura inclusiva e as novas tecnologias que permitem o acesso de pessoas com deficiência visual ao conhecimento com autonomia”, opina Flavia. Já segundo Luís Gonzaga, que chegou a atuar como professor de leitura e escrita pelo Sistema Braille na Biblioteca Cassiano Ricardo e participou da oficina como cursista, o evento ajuda a difundir a leitura inclusiva. Sendo uma pessoa com deficiência visual total, ele relembra a aquisição da Fundação Dorina de uma das primeiras Imprensas Braille no país, em 1948, pela presidente emérita e vitalícia da organização. “Tive o prazer de conhecer dona Dorina pessoalmente e, interagindo com essa ferramenta de leitura digital, sinto que os avanços estão à altura do seu legado”, declara Gonzaga. Leitura Digital Acessível As oficinas ministradas pela equipe da Rede de Leitura Inclusiva da Fundação Dorina Nowill para Cegos são parte do projeto Leitura Digital Acessível, que contou em São José dos Campos com a parceria da Biblioteca Pública Cassiano Ricardo. O projeto prevê ainda a distribuição de kits de leitura com 12 livros acessíveis, incluindo clássicos e best-sellers, literatura nacional e estrangeira. Outra boa notícia é que a biblioteca digital gratuita da Fundação Dorina, a Dorinateca, portal voltado apenas a pessoas com deficiência visual, incluirá, em breve, o material do kit em seu acervo! Caso tenha um cadastro no portal, portanto, acompanhe a seção Recentes. Já se for uma pessoa com deficiência visual e ainda não tiver seu cadastro, não perca tempo e inscreva-se pelo link!

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Santos recebe oficina de leitura inclusiva

Santos foi a primeira cidade do estado de São Paulo – das 10 selecionadas – a receber a oficina “A leitura inclusiva e o livro digital Daisy”. O evento ocorreu no último dia 14 de março de 2018, no Centro de Atividades Integradas (Cais) Milton Teixeira (Vila Mathias). Promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, o projeto Leitura Digital Acessível contou com o apoio da Coordenadoria de Defesa das Políticas para Pessoas com Deficiência da Prefeitura Municipal de Santos. Alunos, educadores, terapeutas ocupacionais e psicólogos de órgãos e escolas municipais aprenderam mais sobre os recursos do formato de leitura digital Daisy, que contempla, além do texto escrito, gravação em voz humana e audiodescrição (tradução de imagens em palavras), entre outros recursos, como opções de contraste, ampliação da tela, anotações no texto e busca de palavras específicas. Para o coordenador de Políticas para a Pessoa com Deficiência de Santos, Daniel de Morais Monteiro, a oficina representou um ponto de partida para a valorização das políticas de acessibilidade comunicacional às pessoas com deficiência na cidade de Santos. “Esta oficina e a Rede de Leitura Inclusiva pavimentam o caminho para fortalecer a educação, a cultura e o acesso de cidadãos com dificuldades de leitura ao conhecimento e a melhor qualidade de vida a partir da instrução adquirida”, declara Monteiro. Além das oficinas, as 10 cidades selecionadas pelo projeto receberão mil kits de leitura. Cada kit possui 12 livros, incluindo clássicos e best-sellers, literatura nacional e estrangeira. Outra boa notícia é que a biblioteca digital gratuita da Fundação Dorina, a Dorinateca, portal voltado apenas a pessoas com deficiência visual, incluirá, em breve, o material do kit em seu acervo! Caso tenha um cadastro no portal, portanto, acompanhe a seção Recentes. Já se for uma pessoa com deficiência visual e ainda não tiver seu cadastro, não perca tempo e inscreva-se pelo link!

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Tubarão recebe seminário sobre cultura e acessibilidade

O grupo Encantados Contadores de Histórias, juntamente com o Colegiado de Gestores de Cultura e Turismo da AMUREL – Associação de Municípios da Região de Laguna – e com a Rede Leitura Inclusiva realizou, na sede da AMUREL, na tarde do dia 22/03/2018, o Seminário Cultura e Acessibilidade. Além de propiciar um debate sobre os requisitos de acessibilidade em produtos e ações culturais inclusivas para pessoas com deficiência visual, o evento também apresentou exemplos de instituições que fazem parte da Rede de Leitura Inclusiva em âmbito regional e nacional e promoveu o lançamento do CD do espetáculo teatral Boi Encantado – Uma história cantada, com audiodescrição. O lançamento do CD abriu o seminário, com entrada do cortejo do espetáculo, audiodescrição ao vivo e exibição do making of. Participaram da mesa de palestras a bibliotecária, educadora e Coordenadora Institucional do Programa de Promoção de Acessibilidade (PPA) da Unisul, Salete Cecília de Souza, que falou sobre ações voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência visual e Gláucia Maindra, da Biblioteca Pública Municipal Cônego Itamar Luiz da Costa – Imbituba, SC, que abordou os desafios da acessibilidade cultural. Gecioni Maria Miranda da Rosa e Neusa Mendes (Associação Tubaronense de Integração do Deficiente Visual – ATIDEV) falaram sobre reabilitação, inclusão e acessibilidade para deficientes visuais. Por fim, Perla Assunção, educadora da Fundação Dorina Nowill para Cegos, abordou o tema: Articulação de redes colaborativas como estratégias de disseminação de uma cultura inclusiva. Para a educadora e produtora cultural Giselle Paes Horacio, do grupo Encantados, o evento permitiu que as vozes das pessoas com deficiência visual, no que diz respeito ao acesso à informação e à cultura, fossem de fato ouvidas. “Elas mesmas falaram das suas necessidades, não foram só pessoas videntes falando em nome de pessoas cegas ou com baixa visão”, afirma Giselle. Confira aqui, na íntegra, o CD Boi Encantado – Uma história cantada, disponibilizado no Youtube pelo grupo Encantados. O making of também está disponível.

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Debate sobre "O nome da Rosa" de Umberto Eco.

O nome da rosa, publicado em 1980 pelo italiano Umberto Eco, se tornou referência no enredo do estilo medieval. A história se passa num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média. Um frade franciscano, Guilherme William de Baskerville e seu discípulo, o noviço Adso de Melk resolvem investigar os estranhos crimes. Estranhas mortes começam a ocorrer, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. Ambos começam a agir como verdadeiros detetives e fica óbvio a semelhança da prática dos dois com os métodos utilizados pelo inglês Sherlok Holmes. Todos os mistérios, permeados pelo contexto da época: desintegração do feudalismo, e formação do capitalismo na Europa Ocidental; projeção da burguesia e sua aliança com o rei; (formação das monarquias nacionais representadas pelos reis absolutistas) e até religiosas, que culminarão com o cisma do ocidente, através do protestantismo iniciado por Martinho Lutero na Alemanha em 1517. Culturalmente, destaca-se o movimento renascentista que surgiu em Florença no século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os séculos XV e XVI. Este é o pano de fundo para o debate de hoje à tarde na Biblioteca Braille “José Álvares de Azevedo”. Esta será a primeira reunião do Clube de leitura da BBJAA. Os participantes estão bem afiados com o tema do livro e a discussão promete pegar fogo, mas não tão grande como o incêndio da Abadia. O quê? Debate sobre o livro O nome da rosa – Umberto Eco. Quando? Hoje dia 02/02/2018, às 14:00. Onde? Na BBJAA, Goiânia GO.

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Livros acessiveis: uma realidade na inclusão

Por Damaris Pegoraro É praticamente unanimidade entre os educadores e pesquisadores que, desde os primeiros anos de vida, criar o hábito da leitura na criança impacta no seu desenvolvimento de maneira tão significativa que a levará a adquirir uma bagagem cultural que vai acompanhá-la pelo resto da vida. A leitura promove o desenvolvimento, apura o senso crítico, proporciona entretenimento, amplia o conhecimento, enriquece o vocabulário, aprimora a escrita, minimiza dificuldades acadêmicas, desenvolve o afeto, ajuda no desenvolvimento da linguagem, desenvolve a criatividade, promove a descoberta do mundo imaginário, ajuda a lidar com questões de forma ética e com as emoções. Enfim, é uma forma de interação com o ambiente do qual estamos inseridos assim como nossa compreensão do mundo. Ainda hoje percebemos que, para as pessoas com deficiência, o direito de livre escolha de leitura é muito restrito e, quando estão disponíveis, são materiais apresentados muito diferentes dos demais. Imagine uma sala de aula inclusiva, onde encontramos crianças sem deficiência ou dificuldade de aprendizagem e, encontramos crianças com deficiência intelectual, física, com baixa visão, cegas, surdas, autistas, entre muitas outras deficiências, quantos tipos de livros precisamos para trabalhar o mesmo conteúdo com todos? O professor, diante desta situação, procura materiais adaptados para atender todos os alunos, seja livro em braile, fonte ampliada, com ilustrações, áudio livros… Enfim, precisa de vários materiais diferentes para atender essas crianças. É nesse contexto que quero falar sobre livro acessível. O livro acessível é diferente do livro adaptado, pois com o mesmo material é possível atender a necessidade de todos os alunos. Um livro acessível pode ser utilizado pela criança cega ou com baixa visão, assim como pela família, pelo surdo, pelo autista, pelo deficiente intelectual, pelos colegas de sala e pelo professor. Esse livro é impresso em braille, mas em tinta também e com fonte ampliada, o que possibilita que a criança cega leia, assim como a criança com baixa visão, mas as pessoas que não possuem deficiência visual também podem ler. É um material feito para que todos leiam juntos. Além da edição em papel, acompanha um CD com as audiodescrições das imagens e um audiobook, para quem quiser ouvir o livro narrado. Quanto às imagens, o livro acessível preza pela ludicidade, onde essas imagens são grandes e coloridas possibilitando que a criança com baixa visão também tenha acesso às ilustrações e possuem os traços, dessas imagens, em alto relevo para que o cego leia a imagem. Eu acredito que Incluir é minimizar as diferenças e tornar o dia a dia de todos dentro da mesma realidade, sem esquecer que há sim a necessidade de adaptações, mas que devemos priorizar a igualdade e os direitos de todos e, com o livro acessível a criança não fica excluída dentro da sala de aula e nem dentro da família. Os benefícios desse tipo de material não é exclusivo da criança com deficiência, pois quando todos

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Roraima sedia Encontro Regional sobre Leitura Inclusiva

A Biblioteca Pública de Roraima realizou no dia ,13/12/2017, no CAP-DV (Centro de Apoio a Pessoa com Deficiência Visual), um encontro que abordou temas relacionados à inclusão da pessoa com deficiência em todos os campos da cultura, desde a leitura, acesso ao cinema, televisão e à disponibilidade desses meios acessíveis. Durante o encontro aconteceu palestra com a presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Maria Auxiliadora, além de rodadas de conversas sobre os caminhos para a inclusão e trocas de experiências. Um dos organizadores do evento, Tanner Menezes, destacou o momento de mostrar o trabalho que a Biblioteca Pública Estadual tem realizado no campo da inclusão. “Temos avançado muito nas ações voltadas para os deficientes visuais, por isso fomos escolhidos para sediar o encontro, onde representantes de outros Estados presentes trocaram informações”, informou. COLEÇÕES REGIONAIS – Ainda no dia 13, às 17h, no Jardim do Palácio Senador Hélio Campos foi realizado o Lançamento da Coleção  Regionais, que conta com livros que detalham a diversidade cultural brasileira em formatos acessíveis às pessoas cegas e de baixa visão – braile, impressão em fonte ampliada, digital acessível Daisy e áudio. fonte: http://portal.rr.gov.br/?p=2875

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O dia 13 de Dezembro é o Dia Nacional do Deficiente Visual e será comemorado no dia 16 de Dezembro em Arapiraca-AL.

                Cartaz retangular, na vertical. Fundo: olho castanho e cílios pretos. Texto com letras coloridas. No canto superior, com letras brancas, legenda: Dia Nacional do Deficiente Visual. Centralizado, em frente ao globo ocular, palavras soltas, amarelas: “ Exposição Braille, Apresentações Artísticas, Exposição Tátil, Bate-papo”. No canto inferior, à esquerda, em um quadro com bordas amarelas, fundo branco e letras vermelhas: “16 de Dezembro de 2017. Sábado. Horário: 10h às 22h. Local: Arapiraca Garden Shopping. Entre parênteses: corredor próximo à praça de alimentação”. No canto inferior direito, logomarcas: do Arapiraca Garden Shopping; da Rádio Gazeta FM Arapiraca, 101,1 MHZ e da Escola Estadual Adriano Jorge.

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"Foi emocionante ver as crianças lerem os livros acessíveis com tanto entusiasmo"

A Roda de Leitura realizada pela Fundação Dorina Norwill,  foi uma oportunidade para as crianças  e adultos atendidos pela Sala Braille,  se apresentarem para a  comunidade local, um incentivo para continuarem a superar os desafios.  Aqui na Biblioteca Pública  de Lagoa Santa, foi emocionante ver as crianças lerem os livros acessíveis com tanto entusiasmo e alegria  para o público presente. O mais emocionante foi ver as crianças se ajudarem, uma incentivando e apoiando a outra durante a hora da leitura.  Ver a força de vontade delas  para vencer as dificuldades não só em virtude da questão da deficiência visual, mas pelas advindas da condição social-financeira tão desfavorável sempre nos motiva e serve de exemplo, elas são crianças determinadas, inteligentes, encantadora, solidárias,  sempre alegres dispostas a  enfrentar a vida com leveza e alegria contagiante. Ações como esta incentivam o gosto e o prazer pela leitura literária, mostram a importância  do objeto livro, e todo seu potencial de transformação que está no texto. Ações que mostram a importância da biblioteca e do livro, que valorizam  o espaço como centro de convivência e interação,  fonte de informação e cultura são fundamentais. A transformação da educação passa pelo reconhecimento da biblioteca  como instrumento fundamental no processo de aprendizagem e de formação do individuo  como cidadão consciente,  agente de transformação  na comunidade onde vive.  A realidade do país não favorece a criação e manutenção de boas bibliotecas públicas e escolares, ações como essa, chamam a atenção para essa questão, podem sensibilizar os gestores e a sociedade. É preciso valorizar esses espaços de leitura pelo seu potencial de transformação da realidade social. Tatiana Soares Brandão. Bibliotecária | Biblioteca Pública Municipal Pe. Agenor de Assis Alves Pinto – Prefeitura Municipal de Lagoa Santa  

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"A coleção Regionais é um passeio pela riqueza cultural brasileira de forma acessível"

As atividades da Rede de Leitura em Goiás, têm caminhado de forma peculiar. A Biblioteca Braille José Álvares de Azevedo reformulou o calendário de 2017 mantendo as ações que não haviam sido realizadas e acrescentou outras.  Algumas dessas atividades foram desenvolvidas em conjunto com o CAP/CEBRAV que também faz parte da Rede. Exemplos desses eventos: 1. Gincana musical: Qual é a música? 2. Convívio literário – Roda de leitura 3. Festival de música, prosa e poesia 4. Festival musical com temas de novelas e adivinhações 5. Torneio de dominó entre amigos 6. Lançamento do livro acessível – “Abracadabra: crio enquanto falo” da autora Cássia Fernandes 7. Concurso de leitura Braille 8. Exibição do filme “Minha mãe é uma peça 2” com audiodescrição 9. Exibição do filme “Mulher do pai” com audiodescrição Coleção Regionais. O lançamento dessa riquíssima aquisição aconteceu em Goiás no último, dia 07/11, e contou com a parceria da Biblioteca Braille, CEBRAV e de um novo parceiro: Comissão Goiana de Folclore. O evento teve a participação de cerca de 80 pessoas bastante interessadas na leitura dos livros, depoimentos de usuários sobre a coleção, principalmente dos livros de culinária. houve apresentação musical do violeiro Arthur Noronha, tocando e cantando músicas da região Centro-Oeste. A coleção Regionais é um passeio pela riqueza cultural brasileira de forma acessível. É uma viajem pelo Brasil com a Fundação Dorina e os livros acessíveis que trazem a literatura, a música, a culinária, o folclore e o turismo de cada região brasileira. Nessa viagem, passamos pela literatura com o livro falado e pela riqueza musical com as partituras Braille. Experimentamos os sabores pelo livro de culinária e histórias de infância com o livro de folclore ilustrado em tinta e em Braille. E, por fim, visitamos cidades brasileiras com o livro de turismo em formato Daisy. A Coleção possui 15 volumes em Braille e em fonte ampliada, mais 5 obras literárias de autores regionais (Érico Veríssimo, Patativa Assaré, Cora Coralina, Milton Hatoun, Carlos Drummond de Andrade). Apresenta bastante ilustrações coloridas atrativas para o leitor com baixa visão e em relevo agradável ao tato. Destaco o depoimento da usuária da biblioteca, Jane, mãe de dois filhos, presente ao evento que falou sobre a importância das obras: “Muito importante o cuidado que a terapeuta ocupacional, autora dos livros de culinária teve com as pessoas com deficiência visual. Ela acreditou na nossa capacidade e nos deu dicas práticas, com a convicção de quem sabe que realmente podemos manipular os ingredientes e transformá-los em alimentos gostosos e saudáveis. Continue trabalhando nessa linha de valorização da pessoa com deficiência”. Jane Vieira dos Santos” Maria Eunice Suares Barboza, Diretora da Biblioteca Braille “José Álvares de Azevedo” Abaixo dois vídeos com trechos da apresentação de MODA DE VIOLA. SEGUNDO VÍDEO:

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