Criado primeiro teste rápido de gravidez para mulheres com deficiência visual no Reino Unido

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Reino Unido cria primeiro teste rápido de gravidez para mulheres com deficiência visual
Protótipo do primeiro teste acessível de gravidez.
Imagem: RNIB

Criado um teste de gravidez para mulheres com deficiência visual.

O protótipo permite que mulheres com perda de visão conheçam o resultado em particular.

No Reino Unido foi criado um teste de gravidez para mulheres com deficiência visual, informou o Instituto Nacional Real de Pessoas Cegas (RNIB, na sigla em inglês) que lançou um protótipo de teste de gravidez que permitirá às mulheres com perda de visão fazerem o teste e saberem o resultado em particular.

Todos os testes de gravidez atualmente no mercado dão um resultado visual, seja com uma mudança de cor ou palavras em uma tela. Isso significa que pessoas cegas e ou com baixa visão não têm privacidade se pensarem que podem estar grávidas.

A empresa The & Partnership London trabalha há dois anos na fabricação do produto, que traz grandes botões táteis que se levantam quando o resultado é positivo. Ele usa a mesma tecnologia de outros testes de gravidez, mas altera a mostra do resultado de uma tela digital para um botão mecânico. Como os testes de gravidez se baseiam em um símbolo visual, as mulheres com perda de visão não têm direito à privacidade quando fazem um, porque devem contar com outra pessoa para ler o resultado. Com o protótipo, a instituição visa aumentar a conscientização sobre a necessidade de um design mais acessível em muitas áreas da vida.

Os anúncios ilustram as implicações na vida real dos testes com design acessível com manchetes dizendo: “Patti está fazendo sexo de novo” e “A menstruação de Sam está atrasada”, e serão veiculados em mídias sociais, rádios e outdoors nas saídas das estações de trem e metrô de Londres, Inglaterra. 

A ONG e o The & Partnership também estão disponibilizando gratuitamente a pesquisa e o processo por trás do protótipo em DesignForEveryone.org, para incentivar outros designers a colocar a acessibilidade em primeiro lugar.

Martin Wingfield, chefe de marca e marketing da ONG Instituto Nacional Real de Pessoas Cegas, disse ao site Campaig: “O problema não se limita apenas aos testes de gravidez, já ouvimos histórias incríveis de pessoas com perda de visão por não conseguirem acessar suas próprias informações médicas. Da embalagem do produto às informações financeiras, todos têm direito à privacidade e dignidade ”.

Yan Elliott, diretor executivo de criação da The & Partnership, acrescentou: “Este protótipo prova que é absolutamente possível fazer a diferença na vida das pessoas, apenas olhando novamente para os produtos que usamos. Design acessível não é algo que está longe no futuro, é para aqui e agora e queríamos que designers iniciantes fossem capazes de pensar de forma acessível no futuro, compartilhando-os. ”

O designer independente Josh Wasserman criou o novo teste após uma pesquisa com mulheres cegas ou com visão parcial e foi concebido como parte da campanha “design para todos”. “É importante que todos entendam como o design pode ser usado para conscientizar a população sobre uma questão e trazer mudanças positivas em uma indústria”, disse ele. “Indústrias, principalmente a de cuidados com a saúde, podem ter mudanças muito lentas. Não sei quanto tempo vai demorar até vermos esse produto nas prateleiras. Mas o importante é a conscientização”, diz Wasserman.

O teste está ainda em fase de negociação com a empresa ClearBlue para começar a ser produzido e comercializado.

Assisto o vídeo e veja os cartazes feitos para a campanha no site da Campaig AQUI