Projeto “Ciranda Brailendo”

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Grupo de três participantes do projeto, sentados ao redor de uma mesa; sendo um homem e duas mulheres. Ao centro da mesa alguns livros, nas mãos dos participantes seguram folhas de papel. Uma das mulheres passa um dedo sobre a folha em branco.
O Projeto “Ciranda Brailendo”, nasceu após uma visita ao Setor Braille da Bibliotea Pública Epifânio Dórea, realizadas pelas técnicas do núcleo de deficiência visual: Luciene dos Santos e Maria Genísia dos Santos da Divisão de Educação Especial/ SEED/DIEESP.
Fomos recebidas pelo responsável do Setor Braille, Edvaldo S. dos Anjos, e a Tatiana Santos Silva que ajudava de forma voluntária a catalogar o acervo. Com muita simpatia eles nos mostraram o acervo em Braille, bem como uma coleção de contos infantis que achamos bastante interessante, pois a mesma vinha com uma canetinha (PENTOP) que realizava a audiodiscrição das imagens. Que fantástico nossas crianças cegas iriam ficar fascinadas!
Montagem com duas fotos. a foto de cima mostra duas mulheres e um homem sentados em volta de uma mesa, dois deles escrevem em um papel. Ao fundo uma porta aberta mostra parte de um outro cômodo .Na lateral direita estante repleta de livros. A foto de baixo as mesmas pessoas sentadas em volta de uma mesaAo centro da mesa alguns livros, nas mãos dos participantes seguram folhas de papel. Uma das mulheres passa um dedo sobre a folha em branco.Em meio a tantas novidades, nos surgiu naquele momento um “insight ”- de organizarmos uma “Ciranda de leitura em Braille”. Deixamos já agendado para retomarmos com as idéias amadurecidas sobre a ciranda.
Chegado o dia do nosso encontro já estávamos com o projeto intitulado: “Ciranda Braillendo”, que tinha como púbico alvo: professores da rede pública estadual e municipal e pessoas com deficiência visual com conhecimento do código Braille. O objetivo geral da Ciranda era desenvolver a prática da leitura e da escrita do código Braille. Tinha como objetivo específico divulgar o Setor Braille e conseqüentemente o Código Braille.
Estaria à frente do projeto as duas técnicas da DIEESP e os representantes do Setor Braille da Biblioteca Pública Epifânio Dória. Definimos ainda que o encontro da Ciranda Braillendo, seria uma vez ao mês nas últimas terças feiras, durante 6 (seis meses); fechando o I módulo. Foi pensando 1 (um) ano de projeto, somente II módulos.  O projeto teve início ano de 2014 e devido a empolgação dos envolvidos, bem como o desenvolvimento de cada um a Ciranda braillendo completou 3 (três anos ) de existência, sendo acrescido mais dois módulos concluindo em setembro 2016.
Quanto à metodologia desenvolvida, buscávamos a mais diversificada; leitura e transcrição de: Cordéis, músicas, poemas e contos; utilizando o acervo do Setor Braille.
Através do projeto foi despertado o desejo de retornar aos estudos um dos componentes que pouco saia de casa e outro que resolver fazer o ENEM tendo êxito e hoje é graduando em Geografia.
Concluímos o Projeto “Ciranda braillendo” com um sentimento de que fizemos nossa parte, embora, reconhecemos que muito se tem a fazer em prol de uma sociedade menos excludente. Utilizamos a metáfora do “beija flor” citada pelo sociólogo Betinho: “Houve um incêndio na floresta…, o pequeno beija- flor ia do rio para o incêndio com gotículas de água em seu bico, na tentativa de apagar. Quando foi indagado se iria resolver – Ele respondeu: Estou fazendo a minha parte”.