“Trocando Saberes” – informar a mais pessoas, em qualquer lugar, sobre a deficiência visual

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O que é a deficiência visual? Como perceber que meu aluno não enxerga bem? Por que o diagnóstico precoce é tão importante para o desenvolvimento escolar de alunos cegos ou com baixa visão? A criança cega na escola, como desenvolvê-la?
Para esclarecer estas e outras dúvidas, a Fundação Dorina Nowill para Cegos apresenta a plataforma Trocando Saberes – www.trocandosaberes.com.br, um ambiente online para que pessoas em qualquer lugar possam tirar dúvidas, saber mais sobre deficiência visual, auxiliar professores e oferecer mais conhecimento a famílias, pessoas cegas ou com baixa visão e públicos interessados na temática.
“Esta plataforma é mais uma ferramenta para que profissionais da educação, saúde e interessados no tema da deficiência visual possam ter mais conteúdo, se informar e desfazer mitos e preconceitos, além de se tornarem importantes atores da inclusão escolar”, afirma Eliana Cunha, especialista em deficiência visual na Fundação Dorina e responsável pelo conteúdo dos webnars. “Este é só o início de um trabalho de educação à distância que fará com que todos possam receber conhecimento, estejam onde estiverem”.
Conteúdo inclusivo, dinâmico e didático
Para ter acesso ao conteúdo completo é necessário fazer um cadastro, rápido e gratuito. Todos os vídeos possuem os recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência – audiodescrição para as pessoas cegas ou com baixa visão, libras e legendagem para pessoas com deficiência auditiva.
Os vídeos buscam esclarecer diferentes dúvidas sobre como profissionais da educação podem entender melhor seus alunos com deficiência visual e desenvolvê-los da maneira mais adequada. Para a primeira fase do projeto estão disponíveis quatro vídeo-aulas, com cerca de 20 minutos de duração, e de dez vídeos curtos, com duração de até 4 minutos, com o intuito de esclarecer dúvidas sobre autonomia, recursos de acessibilidade e outros temas relacionados à deficiência visual e a vida escolar.
Vídeo-aulas
1)     Meu aluno tem deficiência visual?
2)     Os educandos com Baixa Visão
3)     A criança cega vai à escola
4)     A família na inclusão educacional
Pílulas de informação:
1)     O que é audiodescrição?
2)     Você sabe o que é baixa visão?
3)     O desenvolvimento visual no primeiro ano de vida
4)     Quem ganha com a educação inclusiva?
5)     Acolhendo a criança cega
6)     A importância da autonomia
7)     Como identificar problemas oculares no seu aluno?
8)     A inclusão começa em casa
9)     O professor e a família
10) O aluno com deficiência com baixa visão
Fundação Dorina e a Educação Inclusiva
A Fundação Dorina começou pela inquietação e vontade de Dorina de Gouvêa Nowill, cega aos 17 anos, se deparou com a defasagem de livros em braille para pessoas cegas e com baixa visão no Brasil. A inclusão, acesso à cultura e informação e a independência e autonomia de pessoas com deficiência visual se tornaram o propósito de vida de Dorina, que teve uma vida de 91 anos de determinação em prol desta causa.
Dorina trabalhou bastante pela educação inclusiva tanto que foi a primeira aluna cega em uma escola regular, a Escola Estadual Caetano de Campos, em São Paulo. Ela também colaborou para a elaboração da Lei 2.287, de 03/09/1953, que instituía as Classes Braille no Estado de São Paulo, e em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estendeu esse direito a todos os alunos com deficiência visual do Brasil.
De 1961 e 1973, ela dirigiu a Campanha Nacional de Educação de Cegos do Ministério da Educação e Cultura (MEC), e em sua gestão foram criados os Serviços de Educação de Cegos.
Estes são alguns dos feitos que mostram a atuação de Dorina no que se refere ao acesso à educação e que reforça um trabalho de 70 anos da instituição em prol da inclusão. A Fundação Dorina é referência na distribuição de materiais em formatos acessíveis – braille, áudio, fonte ampliada, digital acessível Daisy – para mais de 2800 instituições, organizações e bibliotecas de todo o Brasil.
A instituição, entre outras ações e projetos, também incentiva a Rede Nacional de Leitura Inclusiva, trabalhando bem próxima aos profissionais da leitura no país inteiro. Outro trabalho de troca de conhecimento e experiência é realizado junto a professores de São Paulo por meio do projeto Palestras Inclusivas, em que profissionais da educação recebem, presencialmente, instrumentalização para lidarem com alunos com deficiência visual. Até o final do ano, 100 palestras serão realizadas e o objetivo é impactar cerca de 3 mil, presencialmente.
O projeto
Trocando Saberes foi desenvolvido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos com o apoio do Instituto Helena Florisbal – IHF, importante parceiro da instituição em projetos educacionais e que também irá divulgar a plataforma em seus canais de comunicação. O objetivo é disseminar conhecimento sobre a deficiência visual, principalmente ao público docente, por meio de um site.
Sobre a palestrante 
Eliana Cunha é especialista em deficiência visual na Fundação Dorina, responsável pelos conteúdos do projeto “Trocando Saberes”, é também a especialista à frente dos vídeos. A profissional é Ortoptista; Membro da Sociedade Brasileira de Visão Subnormal; Mestre em Educação/PUC-SP; Pós-Graduada/UNIFESP; Especialista em Visão Subnormal/Santa Casa de Misericórdia (SP); Orientadora familiar pela Universidade de Navarra.