Hoje, dia 4 de janeiro, é comemorado o Dia Mundial do Braille, data de nascimento de Louis Braille.
Ele nasceu em Coupvray, uma pequena aldeia a leste de Paris, em 4 de janeiro de 1809 e ficou cego aos três anos de idade após se acidentar na oficina do pai. Ao tentar perfurar um pedaço de couro com uma sovela, aproximou-a do rosto e acabou ferindo seu olho esquerdo. A infecção se expandiu e atingiu o outro olho, deixando-o completamente cego.
Para desenvolver um sistema de leitura e escrita para pessoas cegas, ele usou como base o sistema de Barbier, utilizado para a comunicação noturna entre os soldados do exército francês.
Foi no ano de 1825 que o sistema de escrita e leitura revolucionou a vida das pessoas cegas e com baixa visão. Composto por seis pontos que, combinados entre si, permitem a representação do alfabeto, números e simbologias, a técnica desenvolvida por Louis Braille atravessou gerações e foi pioneira ao permitir mais autonomia e independência das pessoas com deficiência visual.
Hoje, mesmo quase 200 anos após a sua criação, o braille continua sendo o único método de alfabetização para crianças nascidas cegas. É claro que nesse tempo a tecnologia avançou e permitiu a criação de diversos recursos de acessibilidade, ampliando o horizonte das pessoas com deficiência, mas nenhum deles – seja a audiodescrição, ou softwares que permitem a leitura de e-mails, por exemplo –, substitui esse sistema.
Como dizia D. Dorina de Gouvea Nowill: “Na escada da vida, os degraus são feitos de livros”. E a gente precisa do braille para lê-los. Viva o Dia Mundial do Braille!