O trabalho da Rede de Leitura Inclusiva em Minas Gerais já conta com a mobilização e envolvimento dos participantes com a causa.
O primeiro momento desta equipe foi produtivo. Eles apresentaram o projeto para diversas instituições como o APDV, Instituto Louis Braille, CAP, a Secretaria de Cultura,o espaço braille da Biblioteca Luiz Bessa e o Instituto São Rafael, uma grande referência na inclusão das pessoas com deficiência visual no Estado. Lá, o grupo foi recebido por Juarez, que mostrou diversas curiosidades sobre o acervo, como um dicionário braille da década de 60 doado pela Fundação Dorina e a coleção “O tempo e Vento” formada por cerca de 60 volumes.
Os principais pontos abordados neste encontro foram:
– Os pais tem um papel importante para despertar o gosto pela leitura desde cedo nos filhos que estão aprendendo o braille. Os livros infantis só em braille são muito importantes pois quando são em tinta-braille os pais acabam lendo para os filhos e não os estimulam a ler sozinhos;
– O acesso à cultura letrada para a pessoa com deficiência visual é difícil, há esforço das organizações e poder público mas não é suficiente para suprir as necessidades;
Há uma carência de livros em braille para iniciantes, com um maior espaçamento entre as linhas e sem braille no verso. Também, de livros que sejam mais da escola, paradidáticos;
– Sentem falta de literatura infanto-juvenil como Clarisse Lispector, Alan Poe, Ana Maria Machado, etc. Por isso, sugeriram fazer reedições de livros já produzidos pela Fundação Dorina, a partir de um levantamento das necessidades das bibliotecas e escolas.