Na tarde da quarta-feira, 4 de maio, o auditório da SUCV recebeu mais uma atração da Feira do Livro 2017: a oficina de leitura inclusiva, produzida pelo Centro da Rede de Leitura Inclusiva e Fundação Dorina Nowill para Cegos.
A fundação possui uma biblioteca virtual – a Dorinateca – que disponibiliza livros por download nos formatos Braille, Falado e Digital Acessível (DAISY) – para pessoas com deficiência visual, bibliotecas, associações, escolas e universidades cadastradas de todo o país.
Angelita Garcia – que participa da rede nacional da fundação – comandou a conversa que abordou as tecnologias de leitura existentes para deficientes visuais.
Cristian Evandro Sehnem, pedagogo e Técnico em Educação no Núcleo de Acessibilidade da UFSM, compartilhou suas experiências como deficiente visual. Foi destacada a importância de derrubar alguns mitos, como o de que deficientes visuais não conseguem ser independentes ou de que só é deficiente visual a pessoa que nasce cega.
Ele também falou da importância da leitura em Braille: “Ela não pode ser substituída pelas outras tecnologias existentes pois é através dela que os deficientes visuais conseguem aprender a escrever de forma gramaticalmente correta”, revela Sehnem.
Questões de políticas públicas também foram discutidas. Segundo Angelita, elas sofrem mudanças quando nós provocamos, por isso é tão importante discutir e estar ciente da presença dos deficientes na sociedade.